Por ocasião de Todos-os-Santos e Fiéis defuntos
Eu, cristão, me confesso... agradecido
Venho, hoje, Senhor, com toda a humildade, colocar-me diante de Vós, como meu Deus e meu Senhor. Eu me vejo a partir de Vós, minha fonte e revejo a minha vida à luz da meta – a vida eterna. Sinto, efectivamente, a minha pequenez perante a inumerável multidão dos que me antecederam na vida e na fé. Esses bem-aventurados que celebramos agradecidos pelo incentivo que nos fazem, aqui e agora, a viver... mais cristamente.
*Ao longo da minha vida fui tendo muitos sinais (acontecimentos e pessoas, vivências e histórias, situações e personagens), que me fizeram encontrar – pela positiva e na negativa – Deus, traduzido ou codificado, na compreensão misteriosa de cada dia. Com efeito, fui tendo a graça de encontrar quem me tenha ajudado a interpretar a bondade e a ternura de Deus... mesmo que sob a capa da dificuldade breve ou mais prolongada, que nos obriga a aprofundar as razões autênticas do nosso existir... sobre esta terra, seja qual for o lugar de estacionamento mais ou menos compreensível.
*Na capacidade de saber ler os ‘sinais de Deus’, fui descobrindo tantos/as ‘santos/as’ – porque santificados/as, embora em condição pecadora! – com olhar (mais ou menos) feliz,
uns apontando para o Céu, enquanto outros me têm feito olhar mais para a Terra.
Muitos foram passageiros – de passagem ou em passamento – rápido, enquanto outros foram criando lastro de permanência... em amizade e em comunhão.
Poucos, afinal, são os amigos – raros/as para serem marcantes – embora a rede de conhecidos/as se possa alargar... sabe-se lá a que proporções!
De facto, a semente – sobretudo a da Palavra de Deus – é lançada e muito pode acontecer para além da nossa (humana) compreensão! Na condição do ministério sacerdotal foi-me dado viver momentos de larga sementeira... Só Deus saberá as consequências de tal dimensão!
*A quem – ainda vivo ou que tenha já partido deste mundo visível – me ajudou a encontrar Deus
digo com humildade: obrigado por tudo e que Deus vos acompanhe ou recompense!
A quem possa ter ofendido – sobretudo aos ainda vivos – suplico: perdoem-me e aceitem a minha humilhação oblativa e sincera!
A quem esperava mais e pouco recebeu, do tempo que me resta, tentarei fazer uma maior oferenda em entrega, confiança e dedicação.
Na comunhão dos santos havemos de crescer na fé, pela esperança e em verdadeira caridade.
Deste vosso irmão em Cristo pelo baptismo, cidadão português por nascimento e ministro da Igreja católica por vocação
António Sílvio Couto
(asilviocouto@gmail.com)
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