Jornal de Opinião

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28/09/10

O Reino de Deus é Reino de Vida

"Aquele que crê no Filho tem a vida eterna" (Jo 3, 36)

«Ao ressuscitar Jesus dos mortos, Deus venceu a morte, e n'Ele inaugurou definitivamente o Seu Reino. Durante a vida terrena, Jesus é o profeta do Reino e, depois da sua paixão, ressurreição e ascensão aos céus, participa do poder de Deus, e do seu domínio sobre o mundo (Ef 1, 18-21). A ressurreição confere à mensagem de Cristo, e a toda a sua acção e missão, um alcance universal. Os discipulos reconhecem que o Reino já está presente na pessoa de Jesus, e pouco a pouco vai-se instaurando no homem e no mundo, por uma misteriosa ligação com a Sua pessoa. Assim depois da ressurreição, os discípulos pregam o Reino, anunciando a morte e a ressurreição de Jesus; Filipe, na Samaria, "anunciava a Boa Nova do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo" (Act 8, 12). Paulo, em Roma, "anunciava o Reino de Deus e ensinava o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo"(Act 28, 31). Também os primeiros cristãos anunciam "o Reino de Cristo e de Deus" (Ef 5, 5). (RM O Reino de Deus destina-se a todos os homens, pois todos foram chamados a pertencer-lhe. Jesus aproximou-se sobretudo daqueles que eram marginalizados pela sociedade, dando-lhes preferência, ao anunciar a Boa Nova. No início do Seu ministério, proclama: fui enviado a anunciar a Boa Nova aos pobres (Lc 4, 18). Às vítimas da rejeição e do desprezo, declara: "bem-aventurados vós, os pobres" (Lc 6, 20). A libertação e a salvação, oferecidas pelo Reino de Deus, atingem a pessoa humana tanto nas suas dimensões físicas como espirituais. Dois gestos caracterizam a missão de Jesus: curar e perdoar.

A Igreja é sacramento de salvação. «Ela é força actuante no caminho da humanidade rumo ao Reino escatológico, é sinal e promotora dos valores evangélicos entre os homens. Neste itinerário de conversão ao projecto de Deus, a Igreja contribui com o seu testemunho e actividade, expressa no diálogo, na promoção humana, no compromisso pela paz e pela justiça, na educação, no cuidado dos doentes, na assistência aos pobres e aos mais pequenos, mantendo firme a prioridade das realidades transcendentes e espirituais, premissas da salvação escatológica» (RM 20)

Os gestos que anunciam o Reino de Deus são gestos de vida. "O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância" (Jo 10, 10) "Eu dou-lhes a vida eterna; elas jamais hão-de perecer; e ninguém as roubará da minha mão" (Jo 10, 28).
No discurso do pão da vida: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 51a).
Na conversa com Nicodemos: "Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do homem, para que todo o homem que nele crer tenha a vida eterna" (3, 14-15)

A ressurreição confere à mensagem de Cristo, e a toda a sua acção e missão, um alcance universal. Os discipulos reconhecem que o Reino já está presente na pessoa de Jesus. Eles pregam o Reino, anunciando a morte e a ressurreição de Jesus. Na ressurreição, Cristo venceu a morte, surgindo para sempre a vida.

Armando Soares

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