Jornal de Opinião

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18/02/10

A justiça dom de Deus para todos

A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (3, 21-22)
Este ano o Papa acentuou sua mensagem sobre o tema da justiça partindo
da afirmação Paulina.
A justiça implica em primeiro lugar «dar a cada um o que é seu», segundo a expressão de Ulpiano, jurista romano do século III. Que é que o homem mais precisa para que possa chamar seu? O homem vive daquele amor que só a fá pode comunicar pois foi criado à sua imagem e semelhança.

Segundo o Evangelista São Marcos referindo palavras de Jesus o que sai do homem é que o torna impuro como o interior do seu coração é que saem os maus pensamentos. Para alguns podemos entrever reacções relativamente ao alimento, individuando a origem do mal numa causa exterior ao homem (o alimento) Visto que a justiça vem de fora, para
que haja justiça é suficiente remover as causas exteriores que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar é ingénua e míope. Diz Bento XVI: «injustiça fruto do mal não tem raízes exclusivamente externas; mas tem origem no coração do homem onde devemos encontrar os germes de uma misteriosa convivência com o mal.» O homem torna-se por um impulso profundo por uma força de gravidade que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro, por causa do egoísmo.

"No coração da sabedoria de Israel, encontramos u laço profundo entre a fé em Deus que "levanta do pó o indigente" e fez justiça ao pobre, e de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva". Ex.29, 12-27) Dar ao pobre, para um israelita é nada mais nada menos a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade pela miséria do seu povo.

O anúncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, (Paulo aos Rom) "Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência - indigência dos outros e de Deus, indigência do seu perdão e da sua amizade".

De Jesus Cristo Redentor recebemos muito mais do que aquilo que poderíamos esperar receber. Fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas onde todos recebam o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.

Quaresma, conversão, enfrentar o pecado, fazer justiça ao pobre a marginalizado, são modos de anúncio e meio de transmitir a fé. Assim nos ensina o nosso querido Papa Bento XVI neste Quaresma 2010.

por Armando Soares, da smbn

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