Crónica de 13 de Novembro de 2009
Ao Compasso do Tempo
Leitura semanal dos problemas do Mundo e da Igreja
Na última Assembleia da Conferência Episcopal analisámos, com o cuidado especial que nos incumbe, um rol de problemas que agitam o mundo português. Nunca para o dividir mas para consolidar a unidade; não para lhe roubar o ânimo (já bem desfalecido) mas para o encorajar com soluções realistas; não por falar… (para que não digam termos feito silêncio), mas para incitar à reflexão e à responsabilidade.
Desde a memória histórica e homenagem às mulheres e homens da Acção Católica nestes seus 75 anos, ao “o testamento vital” e às discussões que se levantam já sobre a “eutanásia”, à acção dos leigos(as) nos dias que passam, ao destaque dos meios de comunicação social sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, etc., etc. até às preocupações de cada um dos presentes, inseridos no todo do país, e atentos a questões que ganham, por vezes, outra dimensão em certas zonas, houve de tudo!
E, neste regresso ao calendário do dia a dia, cá volto a pensar como a vida de todos nós é feita de tantos empurrões, de desgostos provenientes de multidões a saciar, da falta de tempo e de reflexão, de livros e escritos a ler e a estudar, da atenção concentrada que nem sempre é possível, da alegria e do bom humor, da Esperança a transmitir, do silêncio e da oração, como a de Moisés no alto da montanha, da família de sangue, que deixámos, para a amar ainda com maior intimidade, dos “milhões” de amigos, de longos anos e raízes, da felicidade, tónico essencial… do gosto de escrever “Memórias da vida de um homem da Igreja” como Fernando Namora nos esclareceu sobre igual tema no referente aos médicos… É a vida!
Como entendi bem a entrevista de António Vitorino ao “Expresso” de há uma semana, onde se abria sobre a recusa de desempenhar certas funções. E a explicação era e é muito simples, inspirada num princípio de conduta de conhecido Presidente dos Estados Unidos: Não aceitar certos desempenhos, pela razão de essas missões não poderem fazer-nos felizes. Aceita-se subir ao alto… mas as elevações do terreno podem provocar vertigens… E quem não é feliz no que quis escolher, nunca poderá dar felicidade aos outros!
Lisboa, 13 de Novembro de 2009
D. Januário Torgal Mendes Ferreira
Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança
http://castrense.ecclesia.pt
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