Jornal de Opinião

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19/09/11

Ao Compasso do Tempo - Crónica de 16 de Setembro de 2011

Os problemas sociais estão na ordem do dia. Infelizmente, porque a história dos nossos tempos carrega infortúnios conhecidos.

Felizmente, porque as motivações do desenvolvimento e da humanização são expressões livres da cultura dos povos, de politicas de sensibilidade, de economia social.
Estas perspectivas são temas da nossa cultura democrática. Não há monopólios de ninguém nem de alguns. Quem fala destes assuntos recebe, no imediato, uma classificação ideológica. Neste seguimento, dever-ser-á concluir que a esquerda traz aos ombros a cruz e a paixão dos injustiçados? E a direita, só em período eleitoral, contacta com o povo, e soergue, em voz alta, prometendo decisões, a escravatura dos oprimidos?
Em contraste com promessas de “aurora boreal”, em Dezembro de 2011,o iva promete subir no próximo ano, em matéria de atrocidades no tocante a impostos, configura-se como mais uma subida ao Calvário!
Como é possível identificar-se o patriotismo (que significa solidariedade e defesa dos outros, sobretudo dos que nunca mereceram consideração de quem era poder) com os que patrocinam o desfalque de possibilidades, e decepam o suor de cada dia e a dignidade de quem procura sobreviver, mau grado muros e impedimentos?
Prover às necessidades de 700 mil famílias, alimentando-as com apoios de primeira qualidade, em desagravo da subida da luz, do gás e dos transportes, magnifica odisseia e desembarque!
Mas 700 mil? Não são hoje existentes, entre nós, dois milhões de pobres? Que resta a estes, aos quais foi assegurado que ninguém ficaria para trás?
E, já agora, em matéria de “corporativismos”…
Por que razão as forças armadas e de segurança constituíram o primeiro grupo selecto, na questão de serem protagonistas de privações de direitos? Porquê? Volvidos alguns dias, o mesmo carimbo de “subtracção” foi afixado na cabeça de todos os funcionários públicos!
Quem se rebelou contra a primeva “dieta, sem levantamento de rancho, bem se esforçou por chamar a atenção para a seguinte realidade: avulsos e sublinhados em primeira mão, os membros das forças armadas e de segurança foram expostos ao labéu de quem os seleccionou isoladamente, parecendo significar por esta decisão, que se havia responsáveis pela depressão lusíada… eram os “lusíadas, descendentes do quadrado de Aljubarrota, aos quais se adicionaram os marinheiros, os aviadores, os republicanos guardas e os agentes policiais.
Ninguém até hoje respondeu a esta questão. E volto a afirmar: os militares e os agentes policiais não são mais nem menos. A igualdade de tratamento é um direito preliminar!
Quem estiver sem culpa, atire a primeira pedra, e denuncie a traição de quem defende a Pátria, se necessário for, com a própria vida!
Se houver excessos, privilégios e injustiças, porquê não desenhá-los em letra gorda? Neste sector citado, e em todos os outros, sem espírito de classe nem de beneficiários da nação, estendamo-nos no tocante a erros, no tocante a condecorações de justiça…


Lisboa, 16 de Setembro de 2011
Januário Torgal Mendes Ferreira

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