Jornal de Opinião

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24/02/11

Capelães da Casa de Saúde S. João de Deus (Funchal) Nos 50 anos da Paróquia da Graça (3)

O Irmão Manuel Maria Gonçalves nas notas já referidas (Hospitalidade, nº 108 Out-Dez 1962) conta que no dia 3 de Junho de 1922, dia da festa do Irmão Beato João Grande, o Cónego Jaime Gouveia Barreto celebrou a primeira missa na Quinta do Trapiche desde que ali chegou aquele Irmão no dia 1 de Junho à noite e de no dia seguinte ter ido à missa e comunhão da 1ª Sexta-feira em Santo António, e de ter participado no Funchal no funeral de Maria Paula G. Rego, a antiga dona da Quinta do Trapiche que a quis doar aos Irmãos.

Só tornou a haver missa na capelinha da Quinta no dia 24 de Junho dia do seu orago, S. João Baptista, sendo celebrante o Padre Joaquim Figueira, secretário da Câmara Eclesiástica e mais tarde pároco de Santo António, tendo desde esse dia ficado o Santíssimo Sacramento de forma permanente na capela da Quinta .
O primeiro capelão
A partir de férias ali passadas do Padre José Marques Coelho de Braga e professor do Seminário do Funchal começou a haver missa todos os dias. Após as férias este sacerdote continuou a ir celebrar à capela aos domingos pois os vizinhos ofereceram-se para o compensarem para ele ali deslocar nos domingos e dias santos. Nos outros dias, diz o Irmão Manuel Maria, os Irmãos iam a Santo António.

Capelães da Ordem Hospitaleira
No dia 22 de Fevereiro de 1923 com o Provincial (província espanhola e portuguesa nessa altura) Frei Juan de Jesus Andradas, hoje beatificado como mártir por ter sido morto por confessar a sua fé em Jesus Cristo em 1936, visitou a Casa acompanhado do seu secretário Frei Cláudio Piña e do Padre José Maria Antunes como capelão até a 7 de Agosto de 1925 em que foi nomeado Mestre de Noviços no Telhal. Mais tarde foi missionário em leprosarias e hospital psiquiátrico de Moçambique. Sucedeu-lhe o Padre Lázaro da Silva, chegado a 17 de Agosto do mesmo ano ao Funchal ficando de capelão até 10 de Março de 1931. Este sacerdote terá sido esporadicamente confessor da Madre Virgínia de 1925 até à sua morte em 17 de Janeiro de 1929, sendo os Irmãos que levaram o féretro no funeral da Serva de Deus. Ela teria vindo por vezes à missa ao Trapiche mas não se conhece documentação precisa sobre isso.
O Padre Bernardino de S. José e Silva, outro sacerdote da Ordem veio substituir o anterior de 7 de Julho de 1931 a 7 de Novembro de 1943 em que saiu para ir em 1944 como missionário para uma leprosaria em Moçambique. Entretanto a nova grande capela, mais tarde “igreja paroquial” foi construída nos primeiro anos de 1930.

Capelães/coadjutores
Desta data em diante, à falta de capelães da Ordem, os superiores pediram um capelão ao Senhor Bispo. Estes exerciam simultaneamente o munus de coadjutores de Santo António e celebravam as missas dominicais para o povo do alto de Santo António.
O primeiro terá sido o Padre Manuel Gonçalves Pita de 1943 a 1951, e o Padre Alberto de Sousa de 1951 a 1954 em que foi substituído pelo Padre (cónego) João da Conceição até 1956. Também o D. Teodoro de Faria foi capelão em 1956 e em 1957 o Padre Luís Afonso.
A partir de 1958 foi capelão o Padre António Gonçalves que de capelão/ coadjutor passou em 1961 a primeiro pároco da Paróquia da Graça de quem falaremos em próximo apontamento.
Funchal, 22 de Fevereiro de 2011
Aires Gameiro

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