Ao Compasso do Tempo - Crónica de 18 de Dezembro de 2009
Leitura semanal dos problemas do Mundo e da Igreja
O Prémio Pessoa tem o relevo que tem. Na sua particularidade, honra pessoas, capacidades específicas e instituições. Os já premiados, e seus grémios culturais, enformam uma já vigorosa tradição.
Desse claustro de excelentes, faz hoje parte, por mérito, obra e estilo de viver, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto. A simplicidade do que é, afasta as “moscas”, que, ao primeiro fulgor, querem fazer seu o que nunca lhes podia pertencer: a independência do pensar, a defesa da liberdade, o cuidado pelos mais pequenos, a abertura em detrimento de grupos inchados, o primado de tradições e seus lugares…
A cultura não se reduz a uma arca encoirada de saber, sendo este conteúdo uma sua característica. Mais que um depósito (saber de “história”, de “artes plásticas”, de sociologia ou música, de poética ou filosofia), é um estado de espírito, uma memória comum, uma sensibilidade à Verdade, ao Bem, à Beleza.
Mas, na hora da escolha, a “ética” e a “exclusão” foram terrenos apontados como critérios e combates de distinção. O bispo do Porto tem todo o mérito e o júri é soberano.
Na Igreja em Portugal há “corredores de maratona” nessa especialidade, tão pouco cultivada e tão atacada nas pessoas que ousaram! Ainda bem que esses combates não se opõem à canonização…
Da minha parte – e em nome da enorme amizade e consideração que nos vincula – expresso uma alegria tão grande como a multifacetada personalidade que foi reconhecida. É tão importante expressar o júbilo pela “vitória” dos outros. É tão singular o nosso entusiasmo diante do reconhecimento público de alguém da nossa família!
A responsabilidade a favor de uma cultura de mudança, de acordo com o Deus feito Homem, no Seu Natal, é algo que nos compromete. Pode soprar o vento. Podem “simbolizar” “casamento”, apagando dichotes malcriados…
Podem pretender igualizar quem sempre fez gala de ser diferente.
O optimismo e a descontracção são virtudes que uma criança um dia nos trouxe. Um Deus adormeceu. Um Deus acordou nesta Terra, Sua Obra.
Bom Natal, querida “malta que nos lê, apoia e de nós discorda, neste “Diário do Minho”, tão querido por todos nós! Não se deixem invadir por qualquer pessimismo. Digam-no, uns aos outros, na noite de Família, em 24 de Dezembro de 2009!
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