Ao compasso do tempo - 06 de Julho de 2012
Há mais de um ano, a interrogação feita no decurso da época eleitoral, a propósito do não pagamento do subsídio de Natal, obteve uma resposta, mais ou menos, como esta: “Mas isso é uma “anedota”! Sabemos o resto da história. Os últimos tempos têm sido conturbados com acontecimentos e situações impensáveis! Por sinal, alguns deles parecidos com um passado recente. Agora, surgiu esta! Os subsídios retirados, não tiveram fundamento! Sempre discordei de atitutes menos fundamentadas. Sempre concordei com normas éticas, de justiça, de honestidade, de equidade. Muito silêncio à minha volta. Com excepção de poucos casos, menos civilizados, uma multidão de pessoas (e dum lado e doutro, todas a favor do bem) sempre sugeriu soluções respeitosas em ordem à solidez da ordem e da paz. Uma figura conhecida da política portuguesa referenciou a subtracção dos subsídios em foco como uma confiscação. Nesta noite de cinco de Julho de 2012 (data em que escrevo) seria terrível assumir-se o cerimonial da desforra. As pessoas valem muito mais que as deficiências de algumas. Entretanto, tudo parece a execução duma má sorte. Notícias de pessoas e de situações ridículas semeiam a desconfiança. Tornam mais parecida a história de hoje, com a anterior, nos seus descompassos. Mas fundamental, fundamental, é melhorar Portugal e os seus filhos. E de lembrar Sofia de Mello Breiner Andersen, nos Contos Exemplares (3.ª ed., p. 53): “Ai dos pobres! disse no seu lugar a velha criada Joana. Há sempre uma razão para lhes dizerem que não”. Lisboa, 6 de Julho de 2012 Januário Torgal Mendes Ferreira Bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança Nota: Estarei ausente até Setembro. Então, ver-se-á.
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