VIVA A CRISE
Isso mesmo, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.
VIVA A CRISE
Só assim mesmo, um imperativo. Um imperativo de consciência.
VIVA A CRISE
Só assim mesmo, uma interrogação. Uma interrogação, de dignidade.
VIVA A CRISE
Assim sem mais, sem glosas nem variações do politicamente correcto.
VIVA A CRISE
Neste novo ano que agora se inicia. Neste 2012 com tudo por inventar. Neste 2012, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE.
VIVA A CRISE
Isso mesmo, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.
VIVA A CRISE
Neste 2012, o ano de recriar a aritmética do tempo novo e do Novo Tempo. Tempo de DIVIDIR para MULTIRPLICAR e de ADICIONAR sem SUBTRAIR nada a ninguém.
Se assim for,
VIVA A CRISE, vivamos a CRISE, neste imperativo de consciência, que mudará a história na medida em que as nossas consciências se mudarem, na medida em que formos capazes de entender que se não vivermos a vida, seremos vividos por ela e eu, não quero, não tenho tempo, tenho mais que fazer…
Há mais apressados por aí?
Então vamos a isso, vamos juntos, vamos todos, vamos pegar nisto, vamos pegar em nós e fazer a revolução. Pode ser?
Vamos mandar os senhores do tempo, os senhores da política do partidarismo bacoco, da economia que faz de nós carne para canhão, da finança que só sabe entender a linguagem da especulação criminosa, vamos mandá-los à mera… isso mesmo, à mera consideração das suas ideias.
Este tempo é o nosso de inventar a matemática da SOLIDARIEDADE. Este tempo é o nosso de dar a volta a isto. Não podemos parar os comboios, não podemos parar os aviões, não temos sucatas para negociar, nem robalos, nem alheiras, nem títulos de participação, nem sub-primes, nem primos nem primas… a que nos agarrar… mas temo-nos a nós, inteiros, vivos, com esta raiva que nos corre nas veias e que ninguém tem o direito de manipular ou de se “assenhorar”.
Não temos nada, mas temo-nos a nós! Por isso, senhores, temam-nos a nós!
Somos mais que números a contar no final das vossas manifestações.
Somos mais do que gente para mandar gritar na rua, mas depois de enrolarmos as bandeiras… não temos onde as meter…
Somos mais do que pagadores das asneiras que nos fizeram e que nos fizeram fazer.
Somos mais do que exercícios contabilísticos de ignomínia e discórdia.
Somos MAIS, muito mais… somos muitos mais, por isso temam-nos a nós que nos temos a nós.
E não estamos de férias como os nossos parlamentares, de todos os partidos, que foram para casa mais cedo. Não estamos de férias, não temos férias nem subsídios, nem feriados, nem dinheiro, mas temo-nos a nós; por isso temam-nos a nós.
Nós, sem vós e sem voz daremos a volta a isto. A revolução está na rua! Em tantas iniciativas que um pouco por todo o lado estar a ver gente a dar a mão a gente para que cada vez mais gente seja gente e para que nunca ninguém perca a dignidade de ser pessoa.
Nós estamos aqui. Não estamos de férias. Estamos na luta, na exclamação e na interrogação. Na indignação pelo direito à dignidade.
VIVA A CRISE, VIVAMOS A CRISE
Bom Ano 2012
Frei Fernando Ventura
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