Quem nos representa?...
Não irás atrás da maioria para o mal, e não intervirás num processo para te inclinares atrás da maioria, violando a justiça.
Êxodo 23, 2
No início deste novo ano seremos confrontados com o valor da democracia. Será ela o poder do Povo ou a vontade da maioria? Ou está reduzida a satisfazer os caprichos de minorias barulhentas e que reclamam direitos, mas que eles próprios não os reconhecem à maioria?
A pretexto de cumprir o programa eleitoral, o Governo português prepara-se para fazer aprovar pela Assembleia da República, uma proposta de lei que legaliza os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo. (Agora diz-se assim… pois estamos reduzidos a eufemismos. Já não há aborto, há interrupção voluntária da gravidez, como não há casamento homossexual, mas casamento de pessoas do mesmo sexo, e não há eutanásia, mas interrupção voluntária da vida, e por aí adiante…).
O pretexto é falso pois, se assim fosse, haveria muita coisa para cumprir antes deste compromisso eleitoral. Na verdade, acho que a questão não foi debatida na campanha eleitoral, como quase tudo… Passou-se o tempo a falar de coisas triviais.
E para quando o cumprimento das promessas inscritas na Constituição da República de estender os cuidados de saúde a todos os cidadãos, possibilitar condições de vida condignas e erradicar a pobreza? Nisto ninguém fala ou faz propostas ou projectos de lei.
Agora combater os alicerces da civilização, tal como os conhecemos e como a maioria vive e acha que é o modo correcto de estabelecer a sociedade, com a sua base que é a família, fundada no casamento de homem e uma mulher, que recebe a vida e a transmite, é o que está na mira.
Os cristãos e aqueles que partilham muitos dos nossos valores civilizacionais não podem ficar indiferentes. Têm de reagir ao ataque organizado e planeado à cultura judaico-cristã ocidental.
Será que os deputados da Nação vão fazer aprovar a proposta de Referendo, pedida por mais de 90.000 portugueses? Vamos a ver…
E porque não fazer mais pressão? Ir aos contactos de fax e email dos deputados eleitos pelo nosso distrito e enviar um pedido de fidelidade aos valores dos eleitores. Os deputados são isso mesmo, pessoas deputadas (mandatadas) pelo Povo para os representarem, no Parlamento.
Quem representa os valores cristãos no Parlamento? Onde estão? Que se afirmem e mostrem a sua fidelidade aos eleitores que lá os colocaram e não às máquinas partidárias que os asfixiam.
Se continuarmos impávidos e tranquilos, qualquer dia destes mandam entaipar as igrejas, mudam os nomes às localidades e às ruas, mudam a forma das quinas na bandeira nacional e até o Palácio de São Bento passa a ser de qualquer outra coisa.
É preciso reagir.
* Jornalista e Professor de Moral
sergio.carvalho77@gmail.com
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