Jornal de Opinião

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10/12/12

Será que a França vai perder turistas?

Ainda há dias ouvi dizer que Portugal e a Madeira não podem apertar as leis que permitam reduzir o consumo destrutivo de bebidas alcoólicas e os deus danos porque iam perder turistas. Agora a França surge com um aumento considerável do preço das bebidas alcoólicas e continuará a ser um dos países com mais turismo. Aumentou os impostos sobre a cerveja em 160% em favor da saúde pública. No seu orçamento para 2013 não hesitou, entre outras medidas, a aumentar os impostos em 160% à cerveja, (5cts em 330 ml); e a aplicar uma taxa especial de 50 euros por hectolitro às bebidas enérgicas, as que têm pelo menos 0,22g de cafeína e 0,3 de taurina por litro, para que os jovens reduzam as misturas destas bebidas com álcool e não se tornem explosivos com elas. Mas também aumentou em 30% os impostos sobre o tabaco de pacote e 60% do tabaco de enrolar. A crise e a saúde obrigam. Não é novidade para os especialistas que a medida de aumentar as taxas reduz os danos do álcool, como ficou claro no Forum Económico da OMS (2011). Outros estudos evidenciam que são indicadores do aumento de consumo o número de mortes rodoviários e de ferimentos graves e as cirroses do fígado. EUROCARE (European Alcohol Policy Alliance) pela sua secretária geral, Mariann Skar, congratula-se com o governo francês por ser líder nesta área. Em tempo de crise aumentar as taxas sobre o álcool é duplo ganho, para equilibrar o orçamento e para reduzir os danos do álcool. Esperemos que outros governos europeus, incluindo Portugal, sigam o exemplo da França. Ao aumentar os orçamentos com novos impostos sobre o Álcool reduz-se o fácil acesso ao álcool que não tem cessado de aumentar nos últimos 12 anos, e reduzem-se os seus danos. Aires Gameiro Com dados de Presse Release de EUROCARE (7.012.2012)

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